Sobre minha abordagem ética profissional
A ética do cuidado que orienta minha abordagem terapêutica produz um laboratório de subjetivação em que se oferece um processo meditativo, educativo, somático, sexual - de autoconhecimento e autodescoberta, onde cada tensão muscular ou bloqueio emocional é parte da narrativa pessoal que merece atenção, afeto, acolhimento.
Inspirada e amparada por mestres da Psicologia Corporal e Transpessoal (Wilhelm Reich, John Pierrakos, Alexander Lowen, Stanley Keleman, Stanislav Grof...), a terapêutica corporal neo tântrica é interpretada como uma prática neorreichiana e propõe uma jornada que desafia os modelos normativos de saúde e resiste à patologização das diferenças. Aqui, cada corpo é reconhecido em sua história e potência como possibilidade de reinvenção de si.
Mais do que aliviar sintomas, a abordagem busca escutar com profundidade os enredamentos da vida: os bloqueios emocionais, as tensões crônicas, as dores ligadas à sexualidade, à depressão, ao desamparo ou à perda de sentido. O acolhimento se dá através de percursos terapêuticos que devolvem ao corpo, gradualmente, a presença, a respiração e o prazer existencial: uma experiência ampliada de vitalidade, de sentir-se vivo em toda a potência do corpo, da mente e do espírito.
Aqui, não se reduz o "neo tantrismo" a técnicas sexuais ou fetiches. Ele é compreendido como um caminho filosófico, cosmológico, vitalista e libertário de reconexão com o corpo como potência erótica, estética, política e espiritual.

"Convido cada pessoa a atravessar seus impasses com coragem e ternura. A saúde, aqui, não é entendida como um ideal normativo, mas como a construção de um modo singular, ético e vital de habitar o mundo."
Experiências e formações
2024 - Formação Terapia Corporal Reichiana - Centro Reichiano & Volpi
2023 - Curso Intensivo de Couraças Musculares - com Daniela Christovam
2023 - Workshop ConsentLab - Espaço Evandro Palma/SP com Joy Rodrigues, Aruan e Bê Quintão
2021 - Imersão Dionísio - Padma Espaço Integrativo/SP com Deva Gaspar
2021 - Imersão Além da Terapia - SPA Mãe Natureza/SP com Deva Puja
2021 - Imersão Renascimento - Comunna Metamorfose/MG com Deva Nishok
2021 - Assistente Formação Terapêutica Neo Tântrica T22 - Comunna Metamorfose/MG com Deva Nishok
2021 - Formação em Terapêutica Neo Tântrica T21 - Comunna Metamorfose/MG com Deva Nishok
2021 - Imersão Curso Livre de Massagem Neo Tântrica - Comunna Metamorfose/MG com Deva Nishok
2021 - Assistente Imersão Delerium para Solteiros - Comunna Metamorfose/MG com Deva Nishok
2021 - Workshop Sensitive Massagem - Comunna Metamorfose/MG com Deva Thirak
2021 - Imersão Caminhos do Amor - Comunna Metamorfose/MG com Deva Nishok
2021 - Imersão Melting - Comunna Metamorfose/MG com Deva Nishok
2020/21 - Residência por 6 meses (voluntariado em comunidade) - Comunna Metamorfose/MG
2020 - Curso Reiki Tibetano Mikao Usui I e II - Espaço Santuário/GO com Murilo Arruda
2018 - Workshop Tantra para Homens - Vale Solaris/GO com Dinmaní Deva
2018 - Imersão All Love - Vale Solaris/GO com Dinmaní Deva
2018 - Voluntariado em comunidade - Vale Solaris/GO
Meu Manifesto sobre a terapêutica neo tântrica e a abordagem neorreichiana
A terapêutica neotântrica que assumo não é uma “técnica alternativa”, nem um exotismo espiritual para anestesiar a vida. É uma prática política do corpo. Um gesto radical de devolver ao organismo sua fluidez, sua inteligência pulsátil, sua vocação para a alegria e para a autonomia. É um modo de desarmar as estruturas que domesticam o desejo — sejam elas psíquicas, sociais ou históricas — e permitir que o corpo volte a ser território de encontro, criação e liberdade.
O neo-tantra, aqui, não é performance sensual, nem espiritualidade de catálogo. É trabalho clínico profundo, onde o toque, a respiração, a energia e o movimento não funcionam como adereços, mas como operadores de verdade: revelam a história muscular, os medos herdados, as narrativas de repressão, a gramática da culpa, a moral que adoece o prazer.
Trabalhar com sexualidade é trabalhar com política. Toda contração é também uma inscrição do mundo no corpo. Toda abertura é também um ato de resistência. Por isso, a abordagem neorreichiana não é uma técnica de “soltar tensão”, mas uma cartografia da armadura: como o corpo aprende a se enrijecer? A quem serve essa rigidez? Que formas de vida são interditadas quando o prazer se torna suspeito? Desarmar essa couraça é liberar potência social e existencial, é descolonizar a pele, é devolver ao sujeito sua capacidade de sentir, desejar, significar e se mover com dignidade.
A junção entre o neotantra e o neorreichianismo cria um campo terapêutico que honra o instinto, o inconsciente, o imaginário e a história coletiva. O corpo não é máquina. O corpo não é pecado. O corpo não é mercadoria.
O corpo é processo. É política. É porosidade. É pulsação. É um devir que não cabe nas moralidades que sustentam sofrimento psíquico e desigualdades sociais.
Minha posição é clara: a terapêutica sexual só é ética quando reconhece o corpo enquanto sujeito, não objeto; quando devolve autonomia, não dependência; quando cria mundos habitáveis, não ilusões transcendentes. E, acima de tudo, quando afirma o prazer como força de vida — não como distração, não como consumo, mas como princípio de emancipação. O trabalho é clínico. É filosófico. É social. É corpo-história-desejo. É o gesto de refazer o caminho para casa: o próprio corpo, finalmente vivo.


